21 de março de 2011

Colina


O amor talvez seja mesmo como uma pilha gigantesca de trecos, onde encontramos um pouco de tudo. Treco-apego, treco-saudade, treco-zelo, treco-afago... etc. E outras bugigangas que não teriam muito a ver com todo o empilhamento dos dias... treco-desconfiança, treco-egoísmo, treco-inflexibilidade, todos amontoando-se no meio de tudo isso, que pode-se fazer?!
Curiosos, os amantes - iniciantes sempre - escavam, procuram, dentro da confusão certa e cega do amar. Achando certamente no meio desse amontoado de informações sentimentais, de experiências atraentes até as mais fúteis. Umas mais relevantes que outras.
Quantos trecos indispensáveis deixamos para trás, permitindo-os voltar a ser tesouro nas pilhas?! E quantos deveríamos ter guardado e guardamos?! ... E quais?! E, meu Deus! (sem drama)... porque?!
sempre achamos que escavando mais, vamos encontrar valores mais profundos, adequados e essenciais.
Pensando bem, tenho a impressão que não encontramos é nada. É tudo doado, do fundo do que não sabemos, por mãos que saem da “colina do amar”;
presentes; inesgotáveis; singelos; aborrecedores e sedutores trecos-submergíveis.
E não sei porque, não sei mesmo como. Que bom!
Abençoados aqueles que não mechem, demais, em muitas coisas. E procura avaliar cuidadosamente cada uma que lhe surge.
Abençoados aqueles que se satisfazem com a justiça eficaz que o amor sentencia.




[Robson W.]

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