20 de janeiro de 2011

Nem te odeio, nem te amo.

Gosto de imaginar o que você está fazendo,
mas talvez não sejamos mais conhecidos.
Sabe, elos. Sair, telefonar, preocupar-se até; coisas assim.
Destrutível esse pensar.
Ontem adorava sua companhia,
hoje nem te odeio nem te amo, imagine.
Nem te odeio, nem te amo.
Nem te odeio.
Nem te amo.
Vê!
É quase não ter existido; qual coisa de deixa poucos vestígios.
Risadas: passado.
Abraços: passado.
Histórias: passado.
Porres, loucuras, gracejos, malícias, sonhos, que seja.
Adaptado.
Transposto.
Repito e repetiria... passado.
E é mais profundo que ser algo triste, é quase ser feliz.
Como cavar, cavar, e chegar do outro lado do mundo.

O “não estar mais junto” vem impregnado de uma renovada vivência.
E é mais indiferente que deixar de lado, é quase aproximar.
Como afastar para bem longe, depois se virar para o outro lado, e o mundo ser redondo.

Não há saída para o esquecimento;
E é mais inconseqüente que arriscar tapar com tijolos;
é não encobrir os furos.


[Robson W.]

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