6 de janeiro de 2011

Aros finais



Pálpebras caem;
ratos roem.
Não falarei deles.
Os homens disseram várias coisas.
África Austral parece-me encoberta com mais frialdade.
Um dia, pouco antes de irmos...
Perto de voltarmos... ouviremos algo que
nos fará entender a fundamental parte de tudo.
Linhagens ruem; rastros traem.
Lagos alternam-se, do fundo das rochas.
Casos verídicos, e nós não entendemos nada.
Soterramentos.
Qual raro aro do rabo do diabo.
Não alfineto ninguém,
só balanço.
Pra lá e por aqui. Pra cá e por ali.
Deus, desprende e sutura-me!
Vulcões de
ar.

Não
menos
intensos,
no inverno.
Engrenagem.
Se fosses meu.

Virá depois de nós
compensar-se.

Se afagasse.
Grava-me!
Mundo,
quase,
cruel.

Nua
fle-
xa.
Sou miúdo e não sei como surgi.
Só queria voltar a pintar, e escrever coisas.
Passar a noite na clareira.
Lua, às vezes
quase,
toda
minha.




[Robson W.]

Nenhum comentário:

Postar um comentário