2 de setembro de 2012

Não asseguro nada mais

Seu sono,
Meu sonho.
Teu sonho em meu fogo.
Teu corpo, meu adorno.
Te querer agora já tem sido  constante atrevimento.
É triste se ver como criança, que olha algo e não sabe se é realmente seu
Mas te levo,
te levo pra longe, e espero darem falta.
Com uma sombra que carrega algo vivo em si.
 
 
Roubo-te, e espero que ninguém te reclame de volta.
Teus cabelos, o teu dedo, me dê por algum momento.
Seus sinais, eu conto;
eu conto e não esqueço, quarenta, e mais os que irei querer contar.
Contarei teu corpo,
todo.
Células, cicatrizes e espaços, e os preencherei.
 
Não consigo esquecer mais.
Não sei esperar mais,
Não sei o que nos resta mais.
Não sei como falar-te; como convencer-te.
Como dizer que não há nada como você neste mundo.
Às vezes aborrecido, acordo, e digo pra mim:
Não devolvo, não asseguro que possa restituí-lo.
Mas você é teu, e te quero meu.
Loucura. Vês?
Pois tudo quero, em desespero.
 
Sabe, a saudade já não existe.
Não.
Não há mais saudade.
É uma leve morte que me carrega pra ti.
Onde vivo - em teus braços - serei.
 
 
Robson W.
 

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