23 de novembro de 2010

Jornada Infinda


Vai João, vai Maria
Entrega esse tesouro
lá na casa de tua Prima Vera.
Ei João, ao ires intimida!
E faz germinar de ti o brilho
para alumiar,
jornada infinda.
Maria, não esqueça
quem tu és.
Esse mundo é crespo,
mas lembre sempre
está somente,
sob teus pés.
Vai João, vai Maria
Esquece o tempo
que passou,
e lembra que tudo
é roda viva.
Rei João, é tudo escuro,
E assim como as aves
podem guiar teu amanhã,
poderão também elas,
invejar o teu futuro.
Maria,
não pare até chegar,
não deixe vestígios,
Canse Maria, mas não morra no cortejo.
Ousarão na ida sufocar desejos?
Não se calem, nem gritem,
não voltem,
não voltem,
não voltem, repito!
Se a noite chegar,
prestem os dois atenção,
E havendo estrelas no céu,
Saibam, é tudo ilusão!
O real está dentro e perto,
ligeiramente absurdo.
Vejam, há como contar
com a mão, os cacos que
estilhaçados,
arruínam o mundo.
E se hoje você quis tanto e não deu,
após tentar planar, caiu
pelo vôo que morreu?!
Deixem tudo ser pó,
permitam tudo ser seu.
Só não perca o tesouro,
João e Maria,
que guardei, bem dentro,
quase oculto,
nos olhos teus.



[Robson W.]

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